eu não sou mais nada, nao quero mais,
o teu olhar no meu.
eu não quero nada, eu não sou mais...
um ser num mar só teu.
Mas eu só penso num lugar só meu, só teu.
você não está aqui, mas vive passando, no nosso quintal.
eu não penso mais em olhar naquela praça,
não sou de ferro como todos pensam,
eu não sei o que olhar e sorrir sem graça,
não penso que a vida seja como molhar
um vaso sem flor
a preocupação com o telefone beira o suicidio,
a intenção de brilhar no em cima de um cone é obsoleta,
as tuas palavras não são o que um amigo meu aceitaria,
e tudo que eu tenho aqui, são apenas numeros de outra
violeta.
cansei de pintar a cara querendo ver o rosto,
cansei de te abraçar e nunca ver o teu gosto,
eu sei que alguém aqui sente que é tudo meio esquisito
será q o mundo todo é assim, ou só eu tenho o faniquito
as pessoas se tornaram suas fotos 3x4,
uma faceta fria como céu,
distante e estrelado,
gente inteligente, bonita,
conteudo delinquente, porções de batata frita
uma mesa de madeira, e a breja fria,
palavras e risadas cansadas, tentando
urgentemente serem compreendidas.
falando de crianças morrendo,
só um segundo de atualização,
seu rosto corando seus olhos tremendo
apenas por alcoolização,
o medo de ficar doente, sozinho e sem juízo,
transforma as pessoas em modelos,
aspirinas de felicidade e tarifas para o paraíso.
roupinhas vintage não vão impedir a queda do seu cabelo
a sua presença vermelha não representa calor,
o teu olhar pós sexo, ainda causa a minha dor,
a tua necessidade de não estar lá,
fez com que você deitasse apenas pra compartilhar.
nada que eu disser vai traduzir o que sinto,
praças frias e o piso sujo, revolução e a bituca de cigarro
caindo lentamente de sua mão.
papos cabeça, risadas a beça,
beco claustrofobia, não há nada na mesa,
escuro paixão, carência, sexo é a solução
coberto de frio, apenas com o silicone
transgressão.
Criança no gramado, adulto embalsamado
suítes de solidão, sonhos sem depravação,
sublime utópia doce, agua fria, agua ou orgia?
café na barraca, fogo na cerca, cavalos correm livres,
meu pulmão preto não, barracas são vazias,
meu corpo preto não, não sou vazio, sou vacuo,
terra na arida ave fria, contudo sou veneno,
de toda essa valentia, sorrisos, só valem se for mais
de dez.
gosto apenas do seu, toda vez, romântico com vulgaridade
é apenas mais um sinal de idade, a teta peluda crescendo,
ao contrario da vaidade, aceito mais um conselho,
por pura sacanagem, sou virgem de viagem,
sou livre, mas não da humanidade,
quando quiser, eu sento me ao norte ao lado de alguém,
apenas pra escutar, sobre o porquê das notas de cem,
eu me amo, por quê mais ninguém!?
eu respondo: eu não sei,
mas eu estava ali pra amar, ele também, sempre a encorajar,
cego de desejo, corpo quente, movimentos alegres não escondem
a geleira trincada a se derrubar, polo norte desabando cada vez
mais forte, foco forte, drogas não entorpecem a pedra de gelo
em cima de seu peito, te amei até você sentir isso, quando sentir
talvez eu não beire o suicidio.
sábado, 11 de outubro de 2014
terça-feira, 20 de maio de 2014
Pintando mais um quadro
veja-se no escuro vermelho, olho surdo de medo,
fundo bruto branco no preto, por mais milhares
de olhares surdos e negros, bordas profundas,
profecias profanas, damas obscuras,
e gamas obsoletas.
perdido no atrito do atraso,
atrasado na perdição do carrasco
sendo nu, preso no asfalto,
veja-se crú, veja-se embriagado
belo sombrio, luz do sol, foi se abril...
veja-se num trem partindo da estação,
de repente todos se veem, como um trem
saindo do suburbano,
sendo transferidos ao terminal que chamamos
de aberração ambulante
sendo de repente, chamado acidentalmente
de ser humano.
modelo de arte artificial, seja negro, seja marginal,
seja preto, seja superficial, seja humor negro, seja existencial.
piadas sobre filosofia, crianças morrendo na covardia
bebidas no beco, fornadas de orgia,
pãezinhos bem frescos, tempero da covardia,
sentia cheiro de favela, agora sinto cheiro de burguesia.
coloridas, as crianças tomam ácido, um cartoon a mais
para um ser de menos, um reacionário eu?
aprisionado, meu? revolucionário crê em eu?
sou as flores do ônibus
sou eu, um bobo digitando dígitos num digitalismo
a digitalizar mais um minuto de digitação das diretas
ideias bobas do mundo digital.
um realista só sabe andar, "um criminoso só sabe matar",
um ativista só sabe protestar, um receioso só sabe freiar,
um romantico só sabe chorar, um partido só sabe vender,
um microfone só sabe gritar, um sonhador só sabe cair.
um momento pede, um segundo se foi, uma virgula separa,
já foi-se outra dor.
Passa como se fossem carros no interior, devagar e calmos
como só sabe a dor,
passa como as estrelas, paradas mas calam-se com o olhar.
grite de olhos fechados, não clama pelo inflamar,
sendo fogo do espaço, sendo terra sem ar.
perco fôlego a te olhar,
seja você quem for, que esteja a me esperar
se perca no corredor, escorrega nas cores,
viaje em olhares, mude olhares,
faça filhos em todos os lugares.
veja o mar, de ondas leves e vulgares
chego até rimar! veja só! só que com olhos
coloridos de novos adesivos, novos
abrigos de meu castigo, sou eu quem sou,
não preciso mais ser meu, ser amigo.
não sei fazer sentido, o que sei fazer?
agora faz sentido.
fundo bruto branco no preto, por mais milhares
de olhares surdos e negros, bordas profundas,
profecias profanas, damas obscuras,
e gamas obsoletas.
perdido no atrito do atraso,
atrasado na perdição do carrasco
sendo nu, preso no asfalto,
veja-se crú, veja-se embriagado
belo sombrio, luz do sol, foi se abril...
veja-se num trem partindo da estação,
de repente todos se veem, como um trem
saindo do suburbano,
sendo transferidos ao terminal que chamamos
de aberração ambulante
sendo de repente, chamado acidentalmente
de ser humano.
modelo de arte artificial, seja negro, seja marginal,
seja preto, seja superficial, seja humor negro, seja existencial.
piadas sobre filosofia, crianças morrendo na covardia
bebidas no beco, fornadas de orgia,
pãezinhos bem frescos, tempero da covardia,
sentia cheiro de favela, agora sinto cheiro de burguesia.
coloridas, as crianças tomam ácido, um cartoon a mais
para um ser de menos, um reacionário eu?
aprisionado, meu? revolucionário crê em eu?
sou as flores do ônibus
sou eu, um bobo digitando dígitos num digitalismo
a digitalizar mais um minuto de digitação das diretas
ideias bobas do mundo digital.
um realista só sabe andar, "um criminoso só sabe matar",
um ativista só sabe protestar, um receioso só sabe freiar,
um romantico só sabe chorar, um partido só sabe vender,
um microfone só sabe gritar, um sonhador só sabe cair.
um momento pede, um segundo se foi, uma virgula separa,
já foi-se outra dor.
Passa como se fossem carros no interior, devagar e calmos
como só sabe a dor,
passa como as estrelas, paradas mas calam-se com o olhar.
grite de olhos fechados, não clama pelo inflamar,
sendo fogo do espaço, sendo terra sem ar.
perco fôlego a te olhar,
seja você quem for, que esteja a me esperar
se perca no corredor, escorrega nas cores,
viaje em olhares, mude olhares,
faça filhos em todos os lugares.
veja o mar, de ondas leves e vulgares
chego até rimar! veja só! só que com olhos
coloridos de novos adesivos, novos
abrigos de meu castigo, sou eu quem sou,
não preciso mais ser meu, ser amigo.
não sei fazer sentido, o que sei fazer?
agora faz sentido.
quinta-feira, 6 de março de 2014
Diga o que há
Modelo de vista urbano
Como uma criança que se diverte,
eu me atraio para o mais novo e melancólico
caminho para a ressurreição,
eu rastejo pelas folhas desta terra nova, e sinto
o úmido de tantos anos pisados.
uma risada já é o bastante,
eu vejo o desespero ou a solidão angustiante,
eu rastejo a procura de mais água, eu tenho sede
não sou perfeito, sou apenas aceito.
Coitadas, celebridades nas cadeias,
rasgadas, as pessoas comuns em teu seio,
ó liberdade!? subverteste-se! Qual tua significância!
se não a ânsia, a fome, a gula, a ternura da preguiça
enchendo ou tomando chá de policia.
Se tudo está tão claro, pois onde estão as estrelas
é tudo tão longe, se eu pudesse correr, alcançar-te
minha amada, já não haveria mais tempo, pois só
o que vejo de ti, é algo que já fostes, e não serás mais.
O que vejo, o que sinto, se mostro ou crio, eu sempre minto,
não estou a ponto de ver belezas, nada inédito, é tudo copiado,
tudo crédulo, é tudo piada. tudo pra nada, todos por nada,
o desejo apenas de se expressar, um pouco de blefe para adoçar,
um pouco de serenidade para acalmar, e um pouco de loucura,
apenas para elogiar.
Como uma criança que se diverte,
eu minto todos os dias, minhas verdades tão belas
se tornaram obsoletas, pra tí são sempre violetas,
porém violentas, violência é meu amor transgressor
querendo se expressar, mais uma vez do blefe de não amar,
ao invés, é gritar, por tempos menos horrendos, onde
é tudo tão obsceno, tudo ameno, tudo, amo, muito, suco
lucro, doido, surdo, sonho, jogo, modelo de liberdade,
idade do pesadelo, modelo do cartão...
sou teu, me entreguei
a tua estante, não a tua, mas a da passada, passando a vida
sentado na tua gaveta, sereia do aquário do advogado,
medeia do circo do pecado, inveja de um som alado.
sociedade utópica, é um barato.
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
O Palhaço
Sou um mundo de arco-iris
A industria que te faz sorrir sem telefone
uma colher de xarope em seu pires,
sou a lenda a correr que some
Fora deste palco, sou eu
o rio que corre sob a luz do luar
na rua, na sarjeta, apenas a olhar
eu sinto a dor que rasga um mundo que não o seu
Eu apago as cores do meu rosto
fico pálido e choro,
num circo úmido e sujo
onde se limpam os que não tem cheiro.
Eu tiro a peruca, e deixo a barba
por mais uma semana que se passa
eu fecho os olhos pois não aguento mais
um mundo onde só se cercam de solidão em massa
eu estouro as bexigas, ligo a televisão,
um lugar cheio de cores, coloridas,
e homens que sorriem com paixão
Não tiro meus sapatos, pois eles não cabem
não se adequam a sala de jantar,
não sorrio em meu quarto, sempre estou sem,
não deito pois assim o outro dia vem,
outro dia apenas, pra gargalhar.
Eu não sou o que escrevo,
não mais sou o que digo
pois sou todo desejo,
sou todo ferido.
Eu não lamento suas risadas,
eu me calo e me contento
eu sofro por dentro
eu te faço rir, porque sei que te conforta.
Nós não multiplicamos nadam
nós não somamos a vida
subtraímos a inocência
e dividimos apenas a dor sofrida
E você ri, fora do espetáculo, ri
você entende a falta de harmonia,
só não qualifica a falta de simetria,
de um poema que devia rimar,
você não ri.
O encanto faliu,
a alegria se esgotou
a risada emergiu,
de um mundo escroto e sem amor.
Pois da desgraça e pobreza, você apenas ri
do mendigo e do preso, você ri
deste ridículo poder, você só ri
Pula a parte de domar o leão
Eu encho as bexigas,
está na hora de olhar o céu
vamos sentir o doce do mel
chame sua família, suas amigas
Eu coloco a peruca, arranco risadas desesperadas
eu sou esperado, pelas crianças reprimidas
forçadas a se calarem, pessoas desesperadas
eu não ligo, pra mim, todas são formigas.
O show começa, com as cores
em meu rosto amado pelos pouco amados,
colorem a dor, com as minhas dores,
nossos dias no circo estão contados.
Se te faço rir, é pra você não me ver chorar,
se me calo aqui, é porque tenho tanto a falar
mas palavras inúteis, quero ser mimico!
Sou o silêncio venenoso, sofro só de imaginar
Um mundo onde o mundo não precise de um palhaço pra se alegrar.
FINAL
Pulando, brincando, amando e sorrindo
Agora deixo vocês, vou me indo
deixo vocês com esta vida amada
O que mais vocês esperam? outra piada?
A industria que te faz sorrir sem telefone
uma colher de xarope em seu pires,
sou a lenda a correr que some
Fora deste palco, sou eu
o rio que corre sob a luz do luar
na rua, na sarjeta, apenas a olhar
eu sinto a dor que rasga um mundo que não o seu
Eu apago as cores do meu rosto
fico pálido e choro,
num circo úmido e sujo
onde se limpam os que não tem cheiro.
Eu tiro a peruca, e deixo a barba
por mais uma semana que se passa
eu fecho os olhos pois não aguento mais
um mundo onde só se cercam de solidão em massa
eu estouro as bexigas, ligo a televisão,
um lugar cheio de cores, coloridas,
e homens que sorriem com paixão
Não tiro meus sapatos, pois eles não cabem
não se adequam a sala de jantar,
não sorrio em meu quarto, sempre estou sem,
não deito pois assim o outro dia vem,
outro dia apenas, pra gargalhar.
Eu não sou o que escrevo,
não mais sou o que digo
pois sou todo desejo,
sou todo ferido.
Eu não lamento suas risadas,
eu me calo e me contento
eu sofro por dentro
eu te faço rir, porque sei que te conforta.
Nós não multiplicamos nadam
nós não somamos a vida
subtraímos a inocência
e dividimos apenas a dor sofrida
E você ri, fora do espetáculo, ri
você entende a falta de harmonia,
só não qualifica a falta de simetria,
de um poema que devia rimar,
você não ri.
O encanto faliu,
a alegria se esgotou
a risada emergiu,
de um mundo escroto e sem amor.
Pois da desgraça e pobreza, você apenas ri
do mendigo e do preso, você ri
deste ridículo poder, você só ri
Pula a parte de domar o leão
Eu encho as bexigas,
está na hora de olhar o céu
vamos sentir o doce do mel
chame sua família, suas amigas
Eu coloco a peruca, arranco risadas desesperadas
eu sou esperado, pelas crianças reprimidas
forçadas a se calarem, pessoas desesperadas
eu não ligo, pra mim, todas são formigas.
O show começa, com as cores
em meu rosto amado pelos pouco amados,
colorem a dor, com as minhas dores,
nossos dias no circo estão contados.
Se te faço rir, é pra você não me ver chorar,
se me calo aqui, é porque tenho tanto a falar
mas palavras inúteis, quero ser mimico!
Sou o silêncio venenoso, sofro só de imaginar
Um mundo onde o mundo não precise de um palhaço pra se alegrar.
FINAL
Pulando, brincando, amando e sorrindo
Agora deixo vocês, vou me indo
deixo vocês com esta vida amada
O que mais vocês esperam? outra piada?
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