Pois se estás aqui, como não sabes o que é?
Pois se estás aqui, venha pra perto,
pois se estás com frio, chegue perto,
pois se sente-se só, sinta-me perto.
É só o ritmo, são só as ondas chegando em nossos pés.
É o fenômeno mais absurdo que mesmo o surdo pode ouvir.
É só o som, que chega em nossos ouvidos,
e com pequenos gemidos, chega ao limite do imaginário.
É só o de repente, que repentinamente tira-me a visão
e impõe a sensação, o desejo por medo, o vento e o desapego.
é um rosto que se contorce para não chorar,
a lagrima que sofre a descer,
que estremece o corpo apenas para desobedecer.
É só o começo do fim da nossa vida,
é um beijo, uma fita para nossa ferida.
são olhos vendados numa bela praia,
somos nós, nos despedindo e dando partida.
pois as águas deste mar nos levam mas não nos trazem,
então nademos contra toda a maré que houver
e se chover, já estaremos encharcados do melhor
vinho desta ilha, pois o sol te ilumina, numa manhã
de sábado, e o quarto é longe, mas a brisa é boa,
sentimos que o néctar te liberta e mostra a janela
que por muito tempo está fechada.
Há um profundo, há o segredo, ele custa a aparecer,
mas toda vez que te vejo, ele tenta se esconder,
em vão, se atrapalha em toda essa camada de juventude
que intimida-o ainda mais, o oprime.
Este segredo me pertence, você não pode mais tirá-lo
da minha vista, esta vista é minha e você sabe que não é
mais segredo.
É só o que todos ainda não sabem o que é, passe adiante,
sinta um instante, nos entreguemos ao mundo de espinhos,
e mostremos a ele que nada pode nos cortar.
Graças a ti tenho minhas feridas expostas, ao mesmo tempo que nunca
te vi tão invencível como hoje, numa noite fria que prometia
mas você sabia, que nunca iria.... seja o que for, mas não seria.
O tempo se foi, como prometia, ele escondeu o que ninguém prometeu,
sentiu o que nós sentimos e segurou a alegria, tomou pra sí o momento
e me deixou sem harmonia, pois agora não tenho mais que ir embora,
mas não posso ficar, o tempo se foi como prometia, você se escondeu,
e agora não posso prometer mais, mas sinto que seguro a alegria,
sou egoísta, hipócrita, te digo o bem, e me causo o mal do pianista,
ao próximo encontro, talvez a magia, talvez você se esconda por trás
da risada, talvez venha descompromissada, talvez só brinque de viver
pois não consegue mais viver e brincar.
O que foi, e o que será, o mundo aprende na dor, e machuca pra amar,
nosso vaidade é um castelo de areia que é talhado pra ser maior do
que o amor que podemos dar.
Pois se tens medo de chegar perto,
dê-me o sinal, que todos nós podemos escutar,
pois nunca foi um segredo, mas sempre será. pois não foi concreto,
o sentimento que nos faria navegar.
Então eu suplico ao bom poeta, agora
que estou perdido nas tuas ondas, ensina ao mundo
como é bom ser o que podemos ser, e não ter medo de amar.
Você já sabe o que é, sinta o instante, sinta o amor, por nós,
passe adiante.
você é aquela que não pede mas aceita de bom grado.
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