terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Diário de Lúcio


Eu sou um ser, ser humano especificamente, moro num sistema, solar especificamente, num planeta, apelidado de Terra, ironicamente 75% do planeta é água.

Sou um ser, do gênero masculino,  meu nome é Lúcio Oliveira sou outro Lúcio, com o Oliveira que outro Lúcio não tem, mas que com certeza outra pessoa há de se chamar com este nome que vem de meus antepassados.

Hoje eu sonhei com o futuro, com a virada de um ano, que foi decidido como virada por um homem que pode não ter existido, sonhei com uma fração da mulher com quem fiz amor há algum tempo, foi na escada de uma faculdade na qual nunca entrei, o design era claramente o desta faculdade. No mesmo sonho, eu estava numa estrada indo para o lugar no qual eu veria uma data e um evento, veria que há 2014 anos o messias veio e passou uma mensagem, acho que o máximo que foi entendido desta foram ceias, eventos, guerras e religião.

No sonho, em seu fim, eu dançava com outra mulher, de altura menor que a minha, dançava pois tocava My Way, cantada por Frank Sinatra, a mulher não se contentava em sentir a música, havia algum modo dela conseguir expressar o sentimento nela absorvido, seria apenas o de dançar conforme o ritmo.

Há um sentimento melancólico e esperançoso nos fins de anos, se isso é possível. As pessoas desejam anos melhores, desejam ao menos sorrir mais do que no ano em que passou, mas a preocupação é tanta, com uma simples engrenagem que, por um homem que pode não ter existido, não pode parar de rodar.

Eu amei na maior parte deste ano, e terminei o ano exatamente como o comecei, eu passei o ano da forma como a maioria não consegue, eu transformei o álcool e a erva em grandes momentos e pensamentos, eu realmente amei mais os momentos em que senti que podia vivê-los, porque na grande maioria, eu passo desatento, então eu me embriaguei com fervor, com vontade, sem maldade, não importando mais a minha idade, no ano em que passou, eu terminei exatamente como comecei, sóbrio, passei o ano como a maioria consegue, me embriaguei, mas não como a maioria faz, eu me embriaguei de amor, eu amei.

Dentre todas as guerras por ego, todos os anos incompreendidos, todos os preconceitos absorvidos e absolvidos, todos os corpos apodrecendo debaixo da terra, são quantos? Dentre todo o amor passado e todo o amor absorvido, todo o sexo gozado e todo o sexo vagabundo e carente. De todas as espadas cruzadas e pernas cruzadas, de todas as armas que atiraram e pênis que gozaram, de todos os gemidos, os de dor e os consentidos. em dois milênios e catorze anos datados e registrados, mesmo depois da mensagem do messias, eu ainda sinto a solidão sombria do ser humano,a frustrada solidão que todos tanto escondem em seus rostos murchos e denunciantes, são quantos?

Eu peguei outra lata de cerveja ao passar por esse pensamento, e lembrei-me que todas estas sensações estão impregnadas no ser humano, o que quer que ele faça só quer perguntar ao mundo sobre o que ele é e não consegue saber, e penso que meu sonho estranho ou não, se diz algo sobre mim ou não, só reforça a impregnação em nós, a vontade de saber o que somos, por mais, a vontade de poder acabar com esse lixo que se passa por palavras de messias, as pessoas querem acabar com isso, elas não aguentam mais ter de se ajoelhar na igreja por um pouco de sensação de liberdade, pra depois que se levantam, lembrar que ainda estão mais acorrentadas.

Por fim eu penso, agora, terminando o último gole, depois de tudo o que fiz, de todas as recaídas e recuperações, sabendo que sou o Lesado da vila madalena, sabendo que tenho problema, eu penso que tudo isso que escrevi anseia por saber algo mais, e é tão humano isso de ter significado, pra quê informação se pode ser experimentado. por que ter significado se pode ser poético?

sábado, 31 de agosto de 2013

Somos Dois

Some numas famosas montanhas,
Ar, ar. arteu, ar teu, ateu,
foge dos loucos montes, entranhas,
Sol, solte, sou teu, só teu.

Onde uma onda inda entra onde não deve,
se, siga, cigarra, me dê um cigarro
como pode um conde comer e contar?
ele bebe, fuma, segue mas não cede.

Pobre, porra, é podre mas é teu,
são, ação, da canção, só fração,
por um prato de comida não se pode ser ateu,
A, além, a vida, amiga, amém.

Quando conta, seus me seduzem ao longe,
à lua, aos astros, fora da galáxia, fora dos ossos,
Eu sou louco, rouco, sou pouco a seu andar,
fraco foco da sociedade a ruminar.

Fode teu próximo, canta a teu bem,
soque teu fóssil, esqueça o bem,
mas não te esqueço, nem paro de te ver meu bem,
não mais me arrependo do cantar sem nem,
ame, amo, amor, amordaçado muito bem.

Se um dia eu vejo, todo dia eu sinto,
Se um um dia digo que não te desejo, sou bom e sempre minto.

domingo, 4 de agosto de 2013

Bipolar

Onde você minha bela jovem caminha, onde chora a criança perdida,
onde nós corremos nesta noite, fugindo deste deserto,
não podemos corrigir o mundo que nos faz de concreto,
então nos apaixonamos e corremos pela avenida.

Foi aqui que eu vi a cidade desmoronar,
foi aqui que eu vi você me sorrir,
foi aqui que eu quis e quero te amar,
mas é aqui que eu não vejo mais o mundo florir.

É um mundo que os monstros com quem convivemos não conhecem,
onde a engrenagem já não funciona diferente,
onde o sol já não faz sombra nos que padecem,
onde o sistema já não molda mais a mente.

Por isso, eu prefiro olhar ao verde,
mas não fecho os olhos ao cinza,
eu apenas sinto gelado como um sorvete,
o coração dos muitos que se faz em cinza.

Eu amo você, mudemos o mundo antes do anoitecer,
só com você o mundo pode ser, o que mundo espera nascer,
Eu quero te amar, acordemos o mundo antes do sol raiar,
com você o mundo pode olhar, o que o mundo espera pra ver.

ai, que sereno é o ar em que não vivemos,
o sonho de viver numa bela realidade,
ai, que horrendo é o mundo que vivemos,
onde é um esgoto o que chamamos de cidade.

Por isso, eu carrego dois olhos abertos,
para ver as ondas deste belo mar,
para ver o que acontece com estes homens incertos,
mas para mudar o mundo com meu desejo de te amar.

sábado, 27 de julho de 2013

Digo o que há

Pois se estás aqui, como não sabes o que é?

Pois se estás aqui, venha pra perto,
pois se estás com frio, chegue perto,
pois se sente-se só, sinta-me perto.

É só o ritmo, são só as ondas chegando em nossos pés.
É o fenômeno mais absurdo que mesmo o surdo pode ouvir.

É só o som, que chega em nossos ouvidos,
e com pequenos gemidos, chega ao limite do imaginário.

É só o de repente, que repentinamente tira-me a visão
e impõe a sensação, o desejo por medo, o vento e o desapego.
é um rosto que se contorce para não chorar,
a lagrima que sofre a descer,
que estremece o corpo apenas para desobedecer.

É só o começo do fim da nossa vida,
é um beijo, uma fita para nossa ferida.
são olhos vendados numa bela praia,
somos nós, nos despedindo e dando partida.

pois as águas deste mar nos levam mas não nos trazem,
então nademos contra toda a maré que houver
e se chover, já estaremos encharcados do melhor
vinho desta ilha, pois o sol te ilumina, numa manhã
de sábado, e o quarto é longe, mas a brisa é boa,
sentimos que o néctar te liberta e mostra a janela
que por muito tempo está fechada.

Há um profundo, há o segredo, ele custa a aparecer,
mas toda vez que te vejo, ele tenta se esconder,
em vão, se atrapalha em toda essa camada de juventude
que intimida-o ainda mais, o oprime.

Este segredo me pertence, você não pode mais tirá-lo
da minha vista, esta vista é minha e você sabe que não é
mais segredo.

É só o que todos ainda não sabem o que é, passe adiante,
sinta um instante, nos entreguemos ao mundo de espinhos,
e mostremos a ele que nada pode nos cortar.
Graças a ti tenho minhas feridas expostas, ao mesmo tempo que nunca
te vi tão invencível como hoje, numa noite fria que prometia
mas você sabia, que nunca iria.... seja o que for, mas não seria.

O tempo se foi, como prometia, ele escondeu o que ninguém prometeu,
sentiu o que nós sentimos e segurou a alegria, tomou pra sí o momento
e me deixou sem harmonia, pois agora não tenho mais que ir embora,
mas não posso ficar, o tempo se foi como prometia, você se escondeu,
e agora não posso prometer mais, mas sinto que seguro a alegria,
sou egoísta, hipócrita, te digo o bem, e me causo o mal do pianista,
ao próximo encontro, talvez a magia, talvez você se esconda por trás
da risada, talvez venha descompromissada, talvez só brinque de viver
pois não consegue mais viver e brincar.

O que foi, e o que será, o mundo aprende na dor, e machuca pra amar,
nosso vaidade é um castelo de areia que é talhado pra ser maior do
que o amor que podemos dar.

Pois se tens medo de chegar perto,
dê-me o sinal, que todos nós podemos escutar,
pois nunca foi um segredo, mas sempre será. pois não foi concreto,
o sentimento que nos faria navegar.
Então eu suplico ao bom poeta, agora
que estou perdido nas tuas ondas, ensina ao mundo
como é bom ser o que podemos ser, e não ter medo de amar.

Você já sabe o que é, sinta o instante, sinta o amor, por nós,
passe adiante.

você é aquela que não pede mas aceita de bom grado.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Ode to Gatsby

Nem Toda Riqueza do mundo irá nos salvar da solidão.
Nem toda corrupção irá destruir nosso sonho mais terno.

Neste mundo tão grande, não há espaço para afetos
Neste espaço tão pequeno ainda cabe todos nossos sentimentos
tão astronômicos.

Eu acredito em você, não importa que o mundo diga que estejamos errados.

Ao nosso irmão, diga que ele está sozinho, diga que não saia de nosso caminho,
diga que não exagere no vinho! Diga que ele será sempre como um amigo vizinho.

Nem toda riqueza do mundo irá nos salvar desta solidão,
Nem toda água do oceano matará nossa sede,
Nem todo amor será eterno,
Nem toda a eternidade bastará, não para amarmo-nos para sempre.

Pra tí, deixo escorrer esta lagrima, seja meu presente ao mundo, o bem mais pessoal,
um rastro do que meu coração sentiu por tí.

The 

Great 

Gatsby
(2013)


sexta-feira, 3 de maio de 2013

É Só amor, passe adiante

O que isso tudo quer falar?
o que quer dizer?
vou te falar, pra você e Lúcio
tua cabeça há de entender.

Por meio das calçadas, 
no meio da avenida, 
cai sua migalha, sua larica 
não há tempo para ser o que você quer ser...
Não há tempo de se abaixar e pagar estas dividas

Suas certezas e suas dúvidas, que são dividas,
são unhas, canetas, papeis, palavras
criaturas, criadores, criações, subcultura,
e onde está a cultura?

São tantas vozes, tantas revoltas, tanta insatisfação
são tantos os gritos, tantas opiniões e poucos ouvidos,
ora pois, o único que pode te julgar é você somente.

são crápulas, terroristas e fantasmas fascistas.
lucido, Lúcio o sujeito que usa acido...
se rebela contra esta estagnação
através da imaginação, que brota
da ilusão de ter crescido,
neste universo tão umedecido
quanto estes mesmos crápulas que visitas,
são apenas alucinação.

Seus parentes riem de você,
competem para te mostrar como a superioridade
é primordial ao ser sub-humano dentro deste aquário
cheio de sinalizações, tanto é que Lúcio, o Lucido,
não tomava acido antes de apanhar no vestiário.

O Luto de sua mãe, mostrou o que seu pai não via:
eu prefiro o bolo à fatia!
Prefiro uma jornada com os amigos ao
jornal com a família, prefiro a série de inimigos
a novela com a tia,
prefiro fechar os olhos pra essa vadia,
ela que ria, da merda que havia, onde eu não queria.
no quarto de cérebro dela, não cabe a bela harmonia.

A Criatividade ergue os malucos, e pisa nos macacos,
mas os macacos são mais malucos que os malucos que chamamos
de macacos.

A sua natureza não te serve como orgulho, te serve como choro,
como a alegria de ter algo em sua via, o vento que sopra como
o gato que mia, as folhas que caem como o dinheiro que te vendia.

Feche os olhos, mentaliza essa sua porcaria, transforma-te
e com alegria, vá atrás do que te faz ter essa alergia,
que sua anemia, não há de passar, como você, que logo passará

Quero o teu melhor, antes do pior,
teu pior eu quero melhor,
antes isso do que a dor,
disso quem fala é o belchior,
atento ao melhor, que sempre
endereça àquele que é pior.

criança lúcio, o lucido, tomou acido,
cresceu fugido da má-criação daquele marido,
aquele que comia sua mãe, com a mesma cara
de quando comia lasanha, com a mesma cara
de quando comia a unha, com a mesma vara
que cutucava a Antônia,  a dona da unha,
encontrada no sofá da tua sala.

se este é o teu melhor, pois divirta-se
que o álcool é a alegria daquele que tenta
viver e não consegue, tenta espirrar,
mas não abre os olhos, tenta fugir,
mas não levanta, tenta cair,
mas não pula. fantasia apenas
a bunda da moribunda.

Pois é, são tantos os deveres,
abrir os olhos logo lhe garante a média,
se não, peça lá no bar aquela média,
tente acertar a rédia, que te prende
como prende ao Bandido. E te solta
como soltam o politico, e vá sair
atrás da sua bunda favorita.

Pois é só a vida, super estimada por aqueles
que te subestimam,  mesmos que fatiam
a larica, e te dão a migalha, depois te injetam
esta agulha, a agulha que Lúcio, o lucido
tanto se orgulha, da mesma maneira
que você borbulha, e pula desta fagulha.

Pois o sol é jesus que é sol, que é Horus, que é você.
Que não interessa a quem, ou o que?
o que de quem precisa de quem precisa
de quem não precisa de você.
Tanto faz quem é teu senhor, é só amor,
faça seu melhor e não aguente dor,  
e a pressão há de baixar se sua raiva aumentar,
por meio de medo a derrota é certa, não tenha medo, e o
sol há de se orgulhar.

É só Amor, passe adiante.

domingo, 28 de abril de 2013

Marvel Assemble: entre "easter-eggs" e o mainstream


Há cinco anos a novata produtora "Marvel Studios" vem impactando o público com adaptações das HQ´s de seus personagens mais famosos. A Contagem a seguir também é a opinião e critica do blog quanto ao tema deste post. Deixando claro que o foco em si é o movimento, e não as histórias dos filmes.

Um artigo dedicado ao novo movimento de adaptações de Quadrinhos no cinema, com as duas vertentes principais, Marvel (avengers) e DC(The Dark Knight), mostrando através apenas da Marvel neste artigo que os quadrinhos vem arrebatando as bilheterias e dominando o mercado de Hollywood, além disso dá espaço para as mais alternativas (e melhores histórias), são cerca de 8/10 adaptações por ano.

IRON MAN (2008) - Jon Favreau


O Marco Histórico da Marvel, Iron Man foi o inicio de um plano formado pelos producers da Marvel em assumir suas produções cinematográficas, encabeçados por Kevin Feige, e com a ideia de Jon Favreau ainda principiante na direção. a Marvel começou com tudo e bombardeou as bilheterias com uma boa história. 


"I AM IRON MAN"

Naquela época tudo o que a Marvel tinha era seus gibis e produções sob o comando de outras produtoras (quase todos fracassos), mas Kevin Feige havia trabalhado nesses fracassos e entendeu sua demanda. Então a promissora ideia de unir uma equipe de heróis no cinema era muito contestada por experiência própria de editora (Fantastic Four).

A Ideia era Reunir um grupo de pessoas extraordinárias. A Primeira, Tony Stark

Tom Cruise se pôs a fazer o Bilionário Futurista, mas quem surpreendeu a todos e cravou sua marca na história definitiva, e, por ele mesmo dito, ressurge das cinzas. Robert Downey Jr. é o cara para quem a Marvel deve pelo menos 25% de seu sucesso. O Ator reapareceu com técnicas diferenciadas e muita improvisação, tudo que era preciso era o diretor para entender como explorar isso. Jon Favreau trouxe uma ideia e um ano depois do fiasco de "Spider Man 3" Nasce o Homem de Ferro nos cinemas, com uma ideia completamente oposta ao aracnídeo (que encheu o bolso de muitos apesar de sua conclusão), uma ideia realista, simples, e fiel aos quadrinhos.

O Filme impactante e violento (proporcionalmente para o universo marvel), traz um Tony Stark muito icônico, e Rock and Roll, o cara narcisista e irresponsável, além de gênio da industria bélica e armamentista, um puta garanhão. Perceber que as armas que sua empresa fabricava caiam nas mãos de terroristas foi algo que Tony percebeu apenas quando já estava em mãos da Organização terrorista "10 Anéis". Mas isso todos sabemos, ele cria uma armadura com os recursos dos terroristas (armas das industrias stark) e constrói seu alter-ego, sua maior invenção, Mark I, ou o Homem de ferro. Ao voltar a seu mundo, percebe que muitos ao seu redor são os inimigos, e ele os combate...e salva o dia, blá blá blá...

Sendo o filme com mais cenas icônicas e que representam sua grandeza, 
talvez seja esta a digna da seleção, talvez: 



Mas o filme ganhou uma essência e acertou o público logo de cara, além de apresentar um trabalho arduo e muito bem feito, com ótimas escolhas para o time: Matthew Libatique o diretor de fotografia ("Requiem for a Dream") e o inovador Ramin Djawadi que faz uma brilhante trilha sonora para os grandes momentos do filme.

Então, deve ser dito que este foi o melhor trabalho da Marvel no cinema, também o mais inocente, e principalmente o menos comercial (vou explicar o porquê a seguir)

IRON MAN 2 (2010) - Jon Favreau


Com a explosão de Iron Man, e a confirmação de que seu plano original podia continuar, o estúdio logo confirma Iron Man 2 para dar inicio ao processo, confirmando que Iron man era sim um teste somente, e se fosse um fracasso? Bom, não foi.... Eram Fãs de "Black Sabbath","AC/DC", de quadrinhos, cinéfilos, e ordinários aguardando e elogiando a franquia. Então a precoce produção foi logo iniciada  


"Good to be back"

Com a engrenagem montada, a Marvel colocou na cabeça que tinha de começar a rodar a máquina da grana rapidamente, então logo colocou Jon Favreau para trabalhar, e este não decepcionou, com o pouco tempo que tinha, trouxe uma ótima peça, e agora mais experiente soube  dirigir o filme, que particularmente "é  o melhor filme do Homem de ferro desta trilogia", trouxe Genndy Tartakovsky (Diretor de "O Laboratório de Dexter" e principalmente Samurai Jack, que foi o que trouxe para o filme) que coordenou todas as lutas deste filme (Muito fodas)

"O filme que não inova, mas renovapara muitos uma decepção, mas na realidade, com o pouco tempo de uma importante pré-produção, é um grande filme, com a problemática de novos nomes para o elenco, a profundidade a ser dada para Tony e seus envolvidos, e com novo vilão e uma trama muito bem explorada.

As decisões erradas que deram certo, o parceiro de Tony, Col. James Rhodes antes interpretado por Terrence Howard, agora interpretado por Don Cheadle ( a primeira escolha para a personagem), neste filme Rhodey participa mais, menos fardado e mais sério, ele tenta controlar o gigante ego descontrolado de Tony, em meio a iminente morte do herói. Brigam, choram e ele vira seu parceiro de lutas. Já a outra perda foi de Ramin (Compositor do Iron Man) segundo Jon Favreau, precisavam de uma trilha mais heroica, e o muito conhecido John Debney entrou na missão, a trilha ficou ótima, mas não tão marcante quanto a do anterior.




Cena pra se lembrar de como é bom ser Homem nas horas de um filme de ação.


O Filme que Imortalizou Tony Stark para o cinema, ao contrario do que muitos pensam, foi somente neste  que o rostinho de Downey Jr. se tornou extremamente pop e definiu a personagem. E Iron Man 2 trouxe mais três bem sucedidos heróis para a tela: A Máquina de Combate (War Machine modafocker!) A Viuva Negra, e o Comandante da Organização a ser explicada mais tarde, Nick Fury, diretor da S.H.I.E.L.D.


Com estes fatores, a Marvel apressou um plano que deveria ter sido mais trabalhado antes de efetuado. Mas até ai o saldo do estúdio era muito positivo, e Iron Man 2 levou mais ouro para a "casa das ideias" e agora, chegava a 2ª etapa do plano, levar a plateia ao espaço.

THOR (2011) - KENNETH BRANAGH  
e um dedinho de Kevin Feige 



A Marvel agora lançava-se definitivamente numa "sci-fi" acreditando que filmes de ação, com romance no meio, efeitos especiais, e alienigenas são a formula de traduzir suas hqs e ganhar a grana pesada, será que estão certos?

Para 2012 ser o ano dos Vingadores, antes 2011 teria de apresentar Thor e Capitão américa, então, mais do que nunca, as pré-produções foram apressadas.

"Ser ou Não Ser? eis a questão"

Para a dificil missão de trazer ao realismo cinematográfico uma produção extraterrestre "ambientada" em outro mundo, o Tradicional Kenneth Branagh foi escolhido. Com a proposta de trazer um Thor de fala simples, mas "Shakespeariano" com aqueles clássicos conflitos existencialistas da monarquia na idade média, também conflitos familiares.

Segundo Branagh, Thor seria da Realeza, e sua nobreza seria dominada pela arrogância, um Príncipe que trouxe a guerra ao seu reino, deve ser então exilado, sendo mandado por coincidência ou não, para a terra onde fica impotente e através dos humanos e de romance descobre a humildade e a nobreza necessária para ser Rei.

Tudo muito lindo, mas com o medo de não conquistar o público, Kevin Feige parece ter metido um dedinho ou dois para tornar o filme mais simpático e carente, e é somente através do humor que se observa as diferenças de um Humano e um asgardiano, isso é gritante! com um mix enorme aprendido em Iron Man 2, mas mal executado em Thor, nosso semi-deus-herói não tem tempo suficiente para conhecer sua paixão e se apaixonar, então, que tal tornar a co-protagonista, uma menininha carente? concluindo que na Terra, o filme Thor é fraquissimo, já em Asgard (Reino de THor) o filme é bom, mas ao contrario de uma das frases de efeito do filme "Coragem é imortal" o filme ficou sem coragem, com medo de não cativar as pessoas.

Destruindo o mundo, salvando o filme.... Thor deve ter seu vilão, e porque não seu irmão? O Deus da Trapaça, aquele que jogou a mascara na terra, onde mais tarde, Stanley Hipkiss iria achar. Loki, indefinitivo e meio gay, salva o filme, e dá peso ao conflito com seu irmão, sua inveja traz o perigo de uma raça de gigantes do gelo a Asgard, e arruína o dia do Coroamento de Thor, o argumento para o filme né.

Para finalizar, o lado bom do filme, sua trilha sonora muito Royal, dá uma "cara sonora" ótima ao Thor, composta por Patrick Doyle, e as cenas de Loki são todas excelentes além das poucas e boas cenas de ação. Chris Hemsworth quase deixa escapar seu papel de Thor, que somente empolga enquanto Arrogante, já Tom Hiddleston explodiu no mundo e ganhou a muitos, salvo os fãs mais arduos do vilão que merecia sim, ainda mais crueldade e astucia.


poucas cenas icônicas, a maioria delas de Loki, ou então o exilamento de Thor feito por Odin (seu pai) 
mas fiquemos com esta:



Faltava agora um filme de época para a Marvel, já tendo passado pela tecnologia e magia, faltava umas lágrimas ai neste processo...


Capitain America: The First Avenger (2011)
- Joe Johnston


Havia tamanha empolgação apesar de certo receio criado por Thor, então a Marvel lança um filme dito por eles como uma homenagem a Indiana jones, faltava um Líder para os Vingadores  mas não seria esse o Downey Jr. e todo seu peso?

Ao contrario de Tony Stark, a Marvel criou um Capitão America acima de tudo, um bom moço, e apelou ao máximo para o Carisma do personagem, o que o tornou pouquíssimo icônico, talvez esse fosse o objetivo, para não mostrar ao mundo que os E.U.A. ainda são tão egocêntricos que se vestem com suas próprias cores apenas.

"I´m Just a Kid from Brooklyn"

Humildade, é a palavra do filme, ai que filme pipoca, ai que filme família  indiana jones ainda tem bolas pelo menos né! Em meio ao não sei o quê, a direção do filme foi parar nas mãos de Joe Johnston, talvez por O Lobisomem  talvez sei lá, só nos bastidores. Mas a direção foi mediana, o problema do filme é o Roteiro, um horror, cheio de furos, cenas plásticas, e diálogos fraquíssimos. Fotografia clássica e ótima, bem vista, e o uniforme mais realista possível.

A Escolha errada que deu certo, será? Chris Evans é o novo capitão, antes Tocha Humana em Fantastic Four, o ator não trouxe peso ao papel de um dos heróis mais clássicos, e os caminhos trilhados pelo Herói revelam que a Marvel não está atrás de inovações, e sim de público, quer bilheteria acima de tudo, se a critica vai falar que é demasiado infantil ou fraco não importa. UM FURO, como um americano com um escudo azul, branco e vermelho entrando numa base militar nazista sozinho não pode ser perdoado. Mesmo com um Antagonista tão foda e clássico, e cenas românticas ótimas, o filme não teve adrenalina, e em poucos parágrafos já satisfaz minha critica e sua leitura.


alguns arremessos do escudo clássico empolgam, 
algumas cenas perdidas icônicas, mas fique com esta:



Com um 2 x 2 no placar, a Marvel no fim de 2011 saiu com credibilidade e uma promessa de reunir os Heróis mais poderosos da Terra. Mas antes, é hora do filme Bônus....

The Incredible Hulk (2008) - Louis Leterrier

Em tempos inocentes, onde a Marvel ainda estava colhendo os cacos do Homem-Aranha 3 (feito pela sony), Kevin Feige e sua turma preparou uma jogada dificil, apostando em dois filmes que definiriam o futuro do estúdio
 nos cinemas.

Homem de Ferro e Hulk foram as jogadas, dois personagens muito conhecidos, mas que não estavam na boca do povo, o ferroso por ser do 2º escalão e Hulk pelo no minimo curioso filme anterior feito por Ang Lee em 2003.

Eis que o estudio arrisca, e ainda por cima pesquisa, qual seria a melhor distribuidora, Paramount com Iron Man, ou a Universal com o Hulk, Paramount levou a mehor....

"HULK SMASH!"

A Marvel optou logo de cara por rostos familiares mas não muito caros, na época, o peso de Downey Jr. de um lado, tinha de ser compensado no outro, então para o papel do Gigante esmeralda, veio Edward Norton com vários filmes muito bons! E ele, apesar de não  ter entrado no papel, trouxe muito para o filme, e mesmo pouco icônico ainda ficou ótimo. Para a direção, que tal experimentar o francês Louis Leterrier, que sempre se declarou para a Marvel. O Filme veio mais cadente, e cativante, além de um pé bem cravado no realismo. o elenco foi de ótima escolha, e formaram ótimas cenas para o filme que a galera parece já ter esquecido.


Por seu fracasso na bilheteria,a Marvel ficou com a linha de pensamento de Iron Man, e quase tirou Hulk da reunião de heróis, mas depois de Tony Stark aparecer no fim do filme, isso ficou impossível. Também a não tão boa luta final, que só merece ser destacada pelas primeiras palavras pronunciadas por Hulk no cinema. 

Por que Edward Norton não voltou? Simplesmente por ter ajudado na direção em algumas cenas, alguns demais palpites no roteiro, dizem por ai, se pudesse eu colocava o Mark Ruffalo e o Edie pra fazer o Hulk.

Num Ponto o filme acertou, os muitos easter-eggs do filme são muito interessantes, e seguiram com o estúdio   e as homenagens a clássicas a série também, como o olho de Bruce Banner ficando verde, anunciando a vinda da criatura destruidora. Pontos técnicos não são muito positivos ao filme, os efeitos do monstro ainda não eram bons, e o Hulk não era parecido com seu alter-ego Edward Norton. Já Louis Leterrier gostou tanto da experiência que cutucava a Marvel toda hora, querendo se candidatar a direção dos Vingadores.


Cenas ótimas não significam cenas icônicas, então, a abertura alternativa (e pesada) do filme:


Com todos os integrantes apresentados (tirando o Gavião Arqueiro) é hora de apresentar o plano mestre e sua 3ª etapa, Avante.


The Avengers (2012) - Joss Whedon

Com uns três meses de hiato quanto a quem dirigiria o filme dos Fury Freak Brothers, todos apostavam em Jon Favreau, e chegaram a ser cotados outros nomes, além de Louis Leterrier falando "eu! eu! eu! me escolhe!". Mas a vaga ficou mesmo para o estudioso e esforçado Joss Whedon (Criador de Buffy, Roteirista de Toy Story) que entendeu o fardo de um filme desses (ui que drama) e foi estudar as Hq´s antes de fazer o filme, que começou sua pré-produção quando? 2008? 2010? 2011? se sabe que foi filmado em 2011....então, tiveram bastante tempo pra planejar, será então este o segredo do sucesso deste filme?


"...What do we do, sir?"
                   Call the avengers...

Com um pôster com esse, seria difícil não imaginar que Downey Jr. não mandaria na parada, sendo que o líder do grupo está lá atrás. Mas esqueça isso, o filme chegou e destruiu as bilheterias, ganhou a critica e os fãs. Arrancou de todos o sorriso mais infantil, com cenas engraçadas, cenas épicas e cenas de ação.

"I am Loki of asgard"

Desde o começo Loki o irmão de thor estava nos planos de ser o vilão principal do super time, e com o histórico de vilões fracos ele acabou sendo mesmo. mas não era munição pesada então a marvel decidiu levar adiante a história do espaço, sendo este então seu foco para suas franquias, só uma invasão alienígena iria unir os heróis mais poderosos da terra.

"That´s my secret Cap..."

Foram 4 anos de produção para chegar neste filme, por isso ele teria de agradar, e não só isso, como emplacar definitivamente, cravar a marca da Marvel no cinema. Este com certeza foi o objetivo principal do estúdio  foi somente depois deste filme que a Marvel ganhou os olhos do mundo, e inclusive do Oscar.

Acima de tudo, o filme mesmo com o foco realista, ignorou questões mais profundas e/ou explicações pertinentes a tudo o que acontece no filme: Deuses falando inglês, um Homem dentro de um ventilador, uma barca gigante voando, Flechas pirotécnicas, um atirador de olhos fechados, um buraco no céu, alienígenas burros e outros....

Fica bem claro que o filme entendeu seu próprio objetivo e não foi mais do que muitas outras adaptações (inclusive da própria Marvel) tentam ser. Deve ser o entretenimento puro, boa pipoca. Proposta contraria ao "The Dark Knight" de Nolan e suas questões complexas (Fodas) adicionadas as histórias das antigas HQs. The Avengers é o mais novo clássico dos cinemas, e mesmo com toda a falta de visão da marvel, ele transcendeu a barreira entre Nerds X Público geral, com cenas praticamente tiradas das revistas e ao mesmo tempo com "timing" certo para o cinema pop. 


O que falar desta cena, Clássico!


E a plateia (do cinema) foi a loucura!

Ironicamente a cena mostra os dois personagens que sustentaram o filme. Hulk e Iron Man, os  primeiros a mostrar serviço no cinema. Sugere também que o resto do grupo está lá só pra colorir a tela, será? Esta sempre foi justamente a polêmica sobre o filme. Todos têm seu momento no filme, inclusive boas cenas, todas icônicas, e o Capitão America lá pros 1h30 de filme mostra que é o Líder do time. Joss trouxe uma bagagem ao filme, e mostrou cenas muito fodas de heróis mandando ver na Justiça Terráquea. E o que falar do som que acompanha os Vingadores, Alan Silvestri que mostrou um dos pontos bons no filme Capitão América, trouxe uma trilha sonora clássica, parece filme dos anos 70, e já definiu a balada dos vingadores, toda a vez que você for vê-los, o tema é The Avengers, a musica tema do filme.

Este foi o auge da Marvel no cinema, tudo o que o estúdio conseguiu fazer está neste filme, mesmo com os defeitos e furos de praxe, o filme é sensacional, e merece sim o titulo de melhores adaptações dos quadrinhos, perde pra Watchmen (PQ? porquê Watchmen tem bolas!)

A Fase 1 foi finalizada com sucesso apesar dos problemas do estúdio. Agora ao lado da Disney (que comprou a Marvel), a fase 2 foi logo anunciada, e alucinou os fãs trazendo a promessa das melhores histórias de cada personagem dos quadrinhos.

Os cofres da Marvel estão lotados, e outros cofres já estão sendo construídos. Pois Os Vingadores trouxe cerca 1,5 Bilhão de Dólares ao estúdio, foi o triplo do que a produção gastou, e só evidencia a maior qualidade do filme, a Linguagem universal, em meio aos easter-eggs que são os presentes aos fãs e nerds.


O QUE  É  A  S.H.I.E.L.D.?
Para o cinema....

Para todos, a SHIELD é uma agência de espionagem. Para o cinema, a Shield é um centro de easter-eggs dedicados aos fãs. É nesta agência que ao longo das fases serão citados as referências a tudo o que os nerds precisam ouvir. Além de estabelecer o lado humano necessário para o público em meio a todas as coisas fantásticas que rolam nos filmes...viagens no tempo, outra dimensão, armaduras futuristas e criaturas descontroladas.
Quem mais mandaria numa agência secreta com tantas responsabilidades?

Precisavam de um "bad mothefucker" e foi justamente o que eles acharam. Ponto mais positivo da Marvel é justamente pagar pouco para seus protagonistas (exceto Robert Downey Jr.) e colocar peso nos coadjuvantes, o elenco da fase 1 é um dos melhores do cinema hollywoodiano e inclui: Samuel L. Jackson, Gwyneth Paltrow, Paul Bettany, Jeff Bridges, Mickey Rourke, Scarlett Johansson, Sam Rockwell, Don Cheadle, William Hurt, Liv Tyler, Tim Roth, Natalie Portman, Anthony Hopkins, Rene Russo, Stellan Skarsgård, Hugo Weaving, Stanley Tucci, Toby Jones, entre outros nomes. Com um elenco maravilhoso como esse, a credibilidade perante o público em geral é muito maior do que seria se fossem meros atores do american pie...

EASTER-EGGS: O Maior feito da Marvel, se tornou sua característica, uma assinatura em seus filmes, as referências a cenas, objetos ou personagens clássicos dos quadrinhos, para o público em geral sempre passa despercebido, mas aos fãs de quadrinhos, ou mesmo para quem se interessa um pouco mais, é visto com muito prestigio. A espera pelo final dos créditos por uma simples cena feita com capricho.


 A Marca registrada da Marvel,
são cenas que conectam todos os filmes, por isso a franquia vale a pena, por fazer algo ousado e inédito no cinema. Chamando atenção de todos, por exemplo quanto termina Iron Man 2, vemos o martelo de Thor numa cratera da terra. 


"....How do you know they´ll come back?"
                       "Cause we need them to..."

Ao Término de The Avengers, com todos satisfeitos de tanta ação, a Marvel faz a inteligente jogada de mostrar que era só o começo de três fases planejadas, com um dos vilões clássicos das Hqs, Thanos o Titã, ainda por cima com uma frase citando sua história mais famosa, o romance com a morte. 


Porém isso talvez, possa se tornar um erro... conforme vemos em:



LEGADO MARVEL: Depois de cinco anos da estreia de Homem de Ferro nos cinemas, o que aprendemos com essa revolução cinematográfica da Marvel? NADA. realmente com antes dito, são filmes em sua maioria ocos, sem conceitos mais profundos, e quem diz que dá pra tirar algo dali está sendo hipócrita ou no minimo muito burro mesmo.

Mas é interessante na medida do ponto de conexão dos filmes, não sendo uma trilogia, ou episódios, mas sim filmes independentes uns dos outros que se conectam e levam a uma história maior, e deixam seu rastro nos próprios filmes a seguir. Isto é novo para a indústria e antes da Marvel fazer, taxado como difícil ou pouco apalpável. Sendo este o maior legado do estúdio para o cinema.

No atual mercado de cinema, Vingadores e Dark Knight escancararam as portas para adaptações, podemos esperar uma desvalorização por filmes que acabam seguindo isto e fracassando, ou talvez ganhe qualidade, assim como ninguém vai tentar fazer o que a Marvel faz (ou não), pode-se ousar com novos olhares, diretores de grande porte, como aronofsky que quase dirigiu uma adaptação do personagem Wolverine, Zack Snyder mesmo não sendo um grande inovador traz grandes obras geeks, esperemos quanto a isso.

Já na Marvel a fase 2 começou este ano, com Iron Man 3...


IRON MAN 3 (2013) - 
directed by a bunch of cowards (Shane Black & Kevin Feige)


Era uma vez, uma expectativa. A ansiedade pela fase 2 da Marvel atingiu a grande massa e agora era só questão de ter coragem e continuar com o material, sendo fiel e original. O problema é  ser original e esquecer-se da fidelidade para com o material original.

Após algumas polêmicas com Jon Favreau que ficaram nos bastidores (segundo fofocas internetais), a direção dos filmes da fase 2 seria renovada com outros nomes de acordo com o objetivo de cada filme. Sendo assim Downey Jr. seu bolso e sua influência entraram em contato com Shane Black, o roteirista de Lethal Weapon, e diretor do brilhante e descompromissado Kiss Kiss Bang Bang. A Expectativa só aumenta com isso, ainda mais quando uma das poucas Hq´s que li é a escolhida para a adaptação, Extremis.

Um arco muito bom das histórias do Homem de ferro, muito interessante de vários pontos, tanto para a natureza do personagem, quanto a politica e Estagnação.

Tá Com Tudo. Toda a divulgação do filme causou um ecstase por parte dos fãs, ainda mais quando Ben Kingsley entra para o elenco, e assume o papel de um dos Darth Vader´s da Marvel, O Mandarim, assim o filme foi sendo mostrado ao público, também com trailers empolgantes e arte em seus Posters.

O Problema de uma adaptação. é que não se pode mexer na essência do personagem e alterar tanto a história (Vá criar a sua então), assim feito em Iron Man 3,  alterando a essência do que dava certo para os filmes, até então os melhores da Marvel, quando você tenta dar um final feliz simplesmente isso só nos deixa infeliz. Efeitos especiais desnecessários! inorgânicos, história totalmente perfurada, e contrariando tudo o que o estúdio prezava até agora, infiel, é um atestamento de que há idiotas querendo encher o bolso, e não, pessoas interessadas em adaptar de forma fiel um arco tão bom quanto "Extremis". Por fim, uma cena pós-credito plástica. foi uma inversão nos valores da casa, tudo o que se prezava até aqui, fora desrespeitado.



Marvel Now:

A Conclusão é a de que seu caminho pode voltar a coincidir com o do progresso e a Arte, mas a marvel já fez o que podia dentro de seus pequenos limites, o Blog mostra cenas memoráveis dos filmes, cenas que ficam na história, independente do que representam naquele exato momento. Então dentro de todo o Mainstream que a cerca,  quebrar essa barreira, este conceito de filmes para a família  é algo que Hollywood finge que sabe fazer, mas não importa, pois no fim um sorriso (pra eles) é suficiente para finalizar uma obra que obviamente ignora todo o contexto.

"a maldição do 3 continua...."

Talvez a DC entenda um pouco mais disso, e sim, são filmes com mais qualidade, um pouco mais para se apreciar, e refletir, quem sabe Man of Steel quebre esta barreira que The Dark Knight havia reconhecido mas desfez ao concluir sua trilogia, quanto a Marvel, esperemos, ou não, afinal, tem tanta coisa tão melhor, que as vezes, é melhor deixar sua infância, e a cultura imposta a você, onde ela ficou... A Arte não pára, amadurecer e desencanar de Hollywood é o melhor a se fazer neste ramo "pornocinematografico", é só mais um onde todos querem ganhar a única coisa que o coletivo em geral valoriza.

They Kiss, they smile.

Fade to black

The End.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Life of Pi (Ang Lee, 2012)


A Vida de Pi começa sublime, cheia de graça e inocência, na sua infância já ganha suas primeiras cicatrizes, na adolescência, o amadurecimento de um menino que tem a força de um Tigre.

Ang Lee traz ao mundo uma obra existencialista com bela pintura, e Piscine Molitor, (Suraj Sharma) nos hipnotiza com mais eficiência que muitos astros de Hollywood. A Adaptação do livro Life of Pi (do canadense Yann Martel) para o cinema  foca apenas em Pi, deixando de lado a parte do Escritor (Rafe Spall), mesmo assim gera um bom ritmo, ao melhor estilo "Forrest Gump indiano".

Na trama, o escritor perdido em suas ideias, procura pela história certa que o elevará. Seu encontro com o sábio Piscine, outrora rebelde e imaturo, no filme é considerado um encontro com o destino, dando a impressão que o escritor no filme é na verdade Yann Martel. Deste encontro, o escritor é intrigado a escutar a história da vida de Pi, a história que o fará crer em Deus.

No Primeiro momento da história contada por Piscine, encontramos um menino no melhor lugar para se viver da Índia, a Riviera Indiana. É filho do dono do Zoológico da cidade, este, um pai dedicado e exigente, acima de tudo um homem racional, oposto da mãe, uma jardineira religiosa. Pi Patel (assim apelidado pelo "bullyng" sofrido na escola), lida apenas com sua vida adolescente, suas dúvidas pessoais, e seus amores. E os animais do zoológico lhe interessam muito, sensibilizado com eles, diferente do pai. 

O que mais alimenta a ideia no principio, é o interesse de Pi pelo sentido maior da vida. A Religião o guia, incentivado por sua mãe a um caminho que nem ele mesmo sabe onde vai chegar, porém se torna seu conforto, e também o gancho para impulsionar as questões filosóficas do filme, o atrativo principal.

Esta primeira parte do filme, um sofisticado e leve toque cômico acrescentado à obra, com toda a fantasia criada em Pi, e demonstrada a nós, é de encher os olhos. A onda que nos leva de um lado a outro, trilha sonora de Mychael Danna, é um deleite, capaz de sensibilizar até aos mais brutos. Todo esse sublime momento aponta para a tempestade que se aproxima, a Índia sofre em sua economia e o Zoológico será vendido, a familia de Pi se vê obrigada a ir embora do País, viajar pelo oceano em busca de vida nova no continente americano. 

A virada; a destruição de toda a segurança; a estrutura de Pi desaba por completo ao perder tudo quando o Navio Japonês afunda, e Pi é lançado sozinho ao oceano Pacifico. Ele se vê num bote com suprimentos para sua sobrevivência, e animais, "A Arca de Pi", uma menção a Noé, quanto a existência de Deus e a luta do bem e do mal é somente mais uma das referências que o filme traz, onde todo e qualquer objeto carrega consigo um significado além de sua razão própria, aprofundando ainda mais o filme em suas camadas.
  
Richard Parker, introduzido no começo do filme, num intrigante primeiro encontro com Pi, aparece em sua arca, e se torna seu único companheiro a bordo. O Tigre de Bengala desafia Pi a viver e com isso mostra a capacidade dos efeitos visuais atuais, um tigre que em quase todo o filme é animado por computador, nos emociona com olhares penetrantes que o pai de Pi explica "Somente nossos próprios olhos refletidos de volta para nós", isso não só mensura a personagem e sua teimosa razão, como também é mais uma metalinguagem para nos mostrar o Existencialismo, teoria que o público propaga como o filme abordando a fé.

O Filme em si não evidencia a fé de Pi, e sim sua vontade de existir através de seu tigre, presenciando verdadeiros milagres (digitais), também sobrevivendo e entendendo Richard Parker. No Existencialismo, não há algo além da nossa existência, é a própria que deve ser evidenciada, “Fazer-se a sí mesmo”, e seria este o grande significado da vida, exemplificado em vários momentos do filme, inclusive em seu derradeiro, com toda sua paixão.

As aventuras de Pi aplica uma filosofia profunda, ao motivo de existir, aos desafios da vida, e especialmente a crença das pessoas, não se trai ao ponto de definir, mas acredita no que diz, com muita propriedade. Todo o simbolismo do filme o torna grande a ponto de exigir concentração a cenas que em primeiro plano parecem ser comuns, e seu ritmo que pode ser  confundido com cansativo, exige sua atenção, e em troca dá um belo espetáculo em imagens e conceitos.

Um Filme com muitos pontos bem explorados e por isso acumulou indicações ao Oscar® de 2013 (11 no total), sua edição um tanto inovadora e leve, a fotografia de derreter os olhos, a já citada trilha sonora, a profundidade do roteiro de David Magee  e a compreensão total de Ang Lee e sua direção certa no tom e significado do filme. A Viagem pelas águas da vida, a disputa pela sobrevivência, a conquista do território e a profunda questão sobre uma das maiores e mais antigas questões da humanidade, "Por que existo?", tudo eleva o filme  á uma extrema reflexão sobre o sentido da vida. E Se há dúvida por parte do escritor em saber qual história será a verdadeira, isso evidencia que na verdade este representa mais a plateia emocionada que o racional e brilhante autor de Life of Pi.