segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Para Permane(ser)



Daqui você não passa, nesta estaca sob manto
Um monumento para as batalhas,
Termos para se lançar ao vento,
um hino a desunião, e o canto dos imaculados.
palavras que não ditas por tanto tempo.

Um templo para nossas fronteiras,
e um muro dos necessitados,
para nossas ideias,
Totens afastam os males
que um dia se expressaram fraternalmente.
que dessa “rebeldia”, são apelo a violência,
afago a (hipo)abstenção, viva a demo(crisia)

Daqui você não passa, pois pago
com sangue para que tu possa ter
A liberdade,
lembra-te, um ser livre só é para
que outro pague com suor,
A entidade, rito a Subsistência.

Então que sigamos fluentes,
mente e corpo, dor e semente,
frutos da colisão de nossos ascendentes,
semeamos herança disfuncional, pago
com sangue para que tu leve teu povo
para além do espelho d´agua deste deserto.

E tu, paga com carne, dos corpos padecentes do prazer
(in)concebido,
e por fim contorna tua prece por outra trincheira.


Que nossos povos não mais se banhem de sangue
Terras de meias palavras, ventos polares nos falam verdade,
nos vemos de longe e acenamos, daqui não há colisão.