terça-feira, 13 de março de 2012

A Real Driver


Dirigindo rumo ao nirvana, e tentando salvar o mundo, um pouco de cada vez.
Ao virar na esquina encontra com um novo sentimento, alia-se ao anjo decaído.

Acelera o tempo, no caminho curto, silencioso, do andar até a performance,
conquistando a todo tempo o teu olhar.

Ao ar mais terno, ao chute mais violento, o mesmos olhos vão se permitindo 
compartilhar o mesmo que o momento, a pintura. Drive é o melhor passeio da sua vida,
quebrado, liquido, um filme sobre o dia e a noite.

Estranhamente, parece um momento daqueles que você teve na adolescência, onde não
importava mais nada a não ser o deleite, mesmo que racional sempre foi extremamente ideal....

E se o Silêncio se comunica melhor, então é essa a chave para o filme,
Poder de se aproveitar como  3ª pessoa, e ao mesmo tempo dirigindo a 120km/h 
num som eletrônico tão hipnotizante quanto o olhar do próprio anjo decaído.

Nunca foi tão bom pecar, em Drive, são estes mesmos pecados que permitem-nos
passear e aproveitar a vista, sem esquecer do som que perfura teus tímpanos e depois
acaricia  com um beijo, nos ensinam que a vida que passa em câmera lenta,
é propositalmente assim para iludir-te com o prazer de saborear uma cena. E tanto sangue,
tanta pressão são somente, por você, para se apaixonar...


terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Control - Joy Division

Algo que me diz, como seu vestido roxo;
Algo que me diz, como teu cabelo vermelho;
Algo que me diz, como tua pele francesa;
Algo que me diz, como a tua pele nova.

Algo que me consome como teu amor;
Algo que me consome como minha dor;
Algo que me consome como o senhor;
Algo que me consome como meu doutor;

Algo que me emociona, como sua mão;
Algo que me emociona como a tua criação;
Algo que emociona o coração...
Algo que me emociona sem sua permissão.

Soluciona a palavra, e entende a sentença,
o dia arde, e a flor morre com sua influência;
Algo como um banquinho da praça,
cordas, oxigênio e o Controle.

Que a Tempestade, neste momento me excita,
como a sua musica erudita;
Algo como a Maldita, criatura fora de controle;
Algo como este que é o caminho, fique longe;
Um passo a diante, ao rugido do grilo longe.

E É a formosa criação de sua mãe, que eu bebo;
E a nossa consumação da morte de nosso amor, eu fumo;
E a nossa francesa que lida com meu coração, eu canto.
E por último, ao Ian, que eu grito, no vácuo.

O Meu amor morreu, na virada da montanha;
E a Saudade;
A Saudade é um filme sem cor,
que meu coração, quer ver colorido;
A Saudade é um prego parafuso,
Quanto mais aperta, mais difícil arrancar;
A Saudade é Brigitte Bardot,
Acenando com a mão, num filme muito antigo.