Braços dados ao Mar, desconhecidos do Porto, Receam ao primeiro toque.
Criativos em sua fuga, perpetuam cada momento apenas para servir com
esperança ao Próximo.
Cultivam sua Realeza, aqueles do outro lado da janela,
sua inescrupulosa alegria surda e contagiante, suja as coisas mais belas.
Dançar e cantar, a transformação dos corpos em meio ao selvagem Hall de entrada. Explícita, Inútil e ao mesmo tempo, Platônica, Eis de ser a fantasia que ilude até o mais amargado dos animais.
Braços Dados ao olhar de um ventilador,
cotovelos marcados pelo lençol vermelho da cama,
Ele se levanta esperando o sentimento de ir,
Ela cruza os braços, de forma em que seu segredo ainda esteja consigo,
e os pés se mexendo, inaugurando uma sequência de sensações e movimentos. Seu chanel tomado por varios sentidos, reflete a luz do sol,
vinda através das Cortinas Vermelhas.
Seu Olhar o faz lembrar sua infância, em seguida,
Utopia e por fim, a Realidade ocultada por um sonho.
Braços dados a outro daqueles sonhos, em que se cabe os dois envolvididos, apenas sonhos, gradativamente tornam-se mais intensos.
A única real vontade, é aquela do sonho, a de ouvir aquela voz, escutar suas primeiras e ultimas palavras, na certeza de que realizara seu sonho, e não de que sonha com uma realidade.
A única real vontade, é aquela do sonho, a de ouvir aquela voz, escutar suas primeiras e ultimas palavras, na certeza de que realizara seu sonho, e não de que sonha com uma realidade.
Agora no conhecido hall de entrada, pelo qual ele nunca ousou entrar,
percebe que aqueles velhos sinos e timbres ainda, de forma bela, tocam aos seus ouvidos, Só não se sabe se ainda é o sonho, ou se eles tocam.
Quando por fim, ele sai da casa, e olha ao seu redor, só uma coisa lhe chama atenção, lentamente, ele chega perto, e sem medo, com suas frias mão ensanguentadas, Passa a vista no anuncio, que por sua dedução, deve ter chegado pela manhã:
"Doa-se coração, aos necessitados, e aos que desejam amar, talvez seja mais útil ao novo portador.".
Por um minuto, descansa, e encara novamente:
"Dor que nos cega, e o pior, que nos cansa, que nos distrai, que leva e traz, a flor vermelha, à pinceladas de suco de tangerina, ainda que seja dor, a sensação sempre se mostra boa"
Coisas Belas e Sujas/Dirty Pretty Things
De Stephen Frears, Inglaterra, 2002
Com Chiwetel Ejiofor (Okwe), Audrey Tautou (Senay), Sergi López (Juan Sneaky), Benedict Wong (Guo Yi), Sophie Okonedo (Juliette), Zlatko Buric (Ivan)
Argumento e roteiro Steve Knight
Fotografia Chris Menges
Música Nathan Larson